quinta-feira, 13 de agosto de 2009

3 período de Administração do Integrado

Estudo de Caso: Fantástica, a fábrica de chocolates

Fantástica é uma empresa de alimentos: leite, chocolate, achocolatados, biscoitos e iogurte são seus principais. A área de marketing da empresa descobriu que os clientes (atacadistas e varejistas: cadeias de supermercados e lojas de departamentos) estavam muito insatisfeitos com o fornecimento de produtos.

Muitas vezes, os pedidos chegavam aos clientes incompletos e com atraso, porque não havia disponibilidade de todos os produtos. Além disso muitos produtos chegavam danificados, por descuido no transporte e no trabalho de carga e descarga dos caminhões.

Atender ao cliente é um processo que exige complexo arranjo logístico. A Fantástica deve ser capaz, por exemplo, de receber um pedido grande, com inúmeros itens, e entregá-lo, completo e sem danos dentro de 24 horas, em Salvador, Campinas ou Porto Alegre.

Porém, a empresa tinha adotado a prática de entregar o que houvesse no estoque. Assim, os pedidos grandes, cujos itens não estivessem disponíveis nos depósitos, eram frequentemente entregues incompletos.

O restante ficava pendente, esperando que os itens fossem produzidos e colocados nos depósitos para então ser entregues. Tudo isso aumentava o trabalho e os custos, para a empresa e seus clientes.

O pessoal de logística, responsável pelo atendimento dos pedidos, queria resolver esse problema com previsões mais precisas de vendas. Disse o gerente de logística para o gerente de marketing:

– Vocês devem informar as vendas item por item. Quantos iogurtes, barras de chocolate e pacote de biscoitos, de cada tipo, para o mês que vem. Não adianta vocês dizerem o total das vendas.

Respondeu o gerente de marketing:

– Previsão detalhada assim é impossível! Há muitas variáveis que interferem. Clima, saúde financeira dos clientes, economia local... tudo afeta as vendas. Por exemplo, basta chover no sul que a renda melhora e as vendas aumentam. Não há um padrão estável. O país é muito grande, cada local é um local.

– E se a quantidade de itens fosse diminuída? Eu acho um exagero barras de chocolate com tantos pesos diferentes, iogurtes com tantos sabores, todos esses tipos de sorvete com embalagens diferentes...

– Você está ficando louco! Cada produto tem um nicho próprio de mercado. Se um produto for tirado da linha, isso significa perder o nicho. Vem a concorrência e toma conta. Para mim, a solução é trabalhar com estoques mais elevados e entregas mais freqüentes.

– Com os recursos atuais, a área de logística mal consegue trabalhar. Para trabalhar com estoques mais altos, vou precisar construir mais depósitos, comprar mais caminhões, contratar mais gente e daí pra frente. Além disso, as fábricas vão ter que produzir mais.

A discussão prosseguiu e o gerente financeiro foi envolvido. Disse ele:

– Espero que o pessoal de marketing consiga justificar o investimento. A empresa já está no limite da imobilização de capital. Os acionistas não irão concordar com mais esse custo se isso não trouxer vantagem competitiva muito evidente para a empresa. Para mim, é um problema de planejamento e coordenação, e não de insuficiência de produção.

Questões

1. O que significa “qualidade de serviço” para a empresa retratada neste caso?

2. De qual área da empresa é a principal responsabilidade pela qualidade do serviço ao cliente?

3. O que deve ser feito para melhorar a qualidade?

Extraído de: MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração – da revolução urbana a revolução digital. 4. ed. São Paulo. Atlas, 2004.

Um comentário:

  1. Pow, sou aluno de Sistemas de Informação e tenho que entregar esses estudos de caso tanto do livro de Maximiano, quanto do livro de Chiavenato... já fiz vários, mas agora bateu a preguiça e num tow conseguindo mais formular boas respostas p/ eles... aff

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