quinta-feira, 25 de junho de 2009

Realmente é o melhor que você pode fazer? Filosofando sobre as notas no fechamento do semestre.

Aproveitando o fechamento do semestre (ocasião na qual quase desloquei as falanges de tanto lançar nota), fiquei filosofando sobre os alunos que "prometiam" (os melhores da sala) e os que realmente foram bem nas disciplinas. Conversando com alguns colegas de trabalho, destaque para o prof. Eder (tadinho, matemática...), descobrimos alguns pontos em comum no comportamento de alguns alunos.

Alguns alunos muito inteligentes, participativos, que tem sempre algo a dizer na sala, talvez estejam mais interessados na competição com os colegas (mesmo que inconsciente) e não no aprendizado, e acaba saindo com o mesmo conhecimento que entrou, ou seja, não aprende.

O excesso de confiança faz com que deixe pra estudar na última hora, escrever os trabalhos na última hora, acreditanto que "sabe tudo daquilo", daí quando não tem mais tempo desenvolve um trabalho que deixa a desejar, inclusive para ele mesmo.

Do outro lado, tem alunos que precisam de mais tempo pra assimilar informações, que questionam no final da aula, procuram o professor para tirar dúvidas de enunciados de questões e afins, que sabem que tem dificuldade para aprender. Estes foram os que se destacaram nas minhas disciplinas.

Isso me faz lembrar de uma historinha que gosto de contar em palestras: a festa do vinho.


Diz-se que em uma cidadezinha ia acontecer a festa do vinho, pois era uma região onde havia muitos produtores de vinho. O ponto alto da festa era a degustação de vinhos gratuita, cada produtor doaria um barril de vinho, do melhor que tivesse, e os tais barris ficariam expostos no centro da festa aguardando o momento da distribuição.

Bom, até aí tudo certinho. O Sr. Araújo, morador da região, seria homenageado como produtor destaque, mas no dia de entregar o barril de vinho ele estava azedo... (O Sr. Araújo, não o vinho!!!) Ele não tava bão! Não queria conversar, estava com problemas no banco, problemas em casa, brigou com a mulher, o filho mal na escola, enfim, a última coisa que o Sr. Araújo queria era colaborar com uma festa para "esse povo que nunca me ajudou em nada". Mas como iria ser homenageado não poderia ficar sem doar o tal barril.


O Sr. Araújo pensou, pensou... teve uma idéia ótima! Como os barris não seriam identificados e ninguém saberia qual era o dele, foi bem de quietinho e encheu um barril com água, fechou direitinho e mandou pra tal da festa. Até deu risada disso... povo bobo! hehe


Chegando na hora da festa ele até que estava alegrinho, se arrumou todo, fez a barba, passou perfume, ficou todo faceiro. Na festa, como todo mundo já está acostumado, tiveram muitos discursos, fogos de artifício, tocada da banda da cidade, meninas vestidas de cacho de uva dançando enquanto a banda toca e tals... daí chamaram o Sr. Araújo! Recebeu um troféu e uma faixa (dessas de presidentes e misses). Ele não se aguentava de contente!


Passando então para a degustação do vinho, o primeiro barril foi aberto! Surpresa: tinha água... (o Sr. Araújo já foi perguntando de quem era a má idéia, que onde já se viu, patati patatá...), o segundo barril também só tinha água, o terceiro idem e assim por diante...


Imaginem a vergonha do Sr. Araújo e dos outros produtores... do nosso personagem a vergonha foi pior, por que todo mundo já esperava algo dele, que ele fosse melhor, que fosse diferente...


E assim a festa foi um fracasso, o Sr. Araújo ficou um bom tempo sem sair de casa e podemos ficar pensando sobre o assunto: qual é a moral da história?

FAÇA O MELHOR QUE PUDER FAZER SEMPRE!

Fazer o melhor quando você está com tempo e bom humor é fácil, fazer o melhor quando você está cansado, cheio de trabalho, triste, aí sim é o diferencial.

Então fica essa postagem para meus colegas professores e meus alunos fófis pensarem no assunto.

Bjins e bom restinho de semana!

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